Olá!
Como já sabem, todos os meses dou o meu contributo para o Jornal da Banda (Filarmónica da Erada). Comecei com a sugestão literária com "Um livro por mês" e tenho desde então contribuído com outras rubricas mensais. Este ano pensei juntar duas novas ideias e uma resultou tão bem que vou passar a partilhar aqui também.
A música é a minha grande paixão. Todo o tempo que dedico a ela é precioso e encontro sempre algumas histórias que acho que devem ser partilhadas. Espero que gostem e vos seja útil.
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Foi o décimo sexto rei de Portugal, cognominado O Desejado por ser o herdeiro esperado da Dinastia de Avis.
Aos 14 anos assumiu a governação manifestando grande fervor religioso e militar. Solicitado a cessar as ameaças às costas portuguesas e motivado a reviver as glórias do passado, decidiu a montar um esforço militar em Marrocos, planeando uma cruzada após Mulei Mohammed ter solicitado a sua ajuda para recuperar o trono. A derrota portuguesa na batalha de Alcácer-Quibir em 1578 levou ao desaparecimento de D. Sebastião em combate e da nata da nobreza, iniciando a crise dinástica de 1580 que levou à perda da independência para a dinastia Filipina e ao nascimento do mito do Sebastianismo.
Depois de Alcácer-Quibir
El Rei D. Sebastião
Perdeu-se num labirinto
Com seu cavalo real
As bruxas e adivinhos das altas serras beirãs
Juravam que nas manhãs, encerrado num nevoeiro
Vinha D. Sebastião
Pastores e trovadores das regiões litorais
Afirmaram terem visto, perdido por entre os pinhais
El Rei D. Sebastião
Ciganos vindos de longe
Falcatos desconhecidos
Tentando iludir o povo
Afirmaram serem eles
Qu'El Rei D. Sebastião
E que voltava de longe
Todos foram desmentidos, condenados às galés
Pois nas praias dos Algarves, trazido pelas marés
Encontraram um cavalo e farrapos do seu chibão
Pedaços de nevoeiro, a espada e o coração
D'El Rei D. Sebastião
Depois de Alcácer-Quibir
Virá D. Sebastião
E uma lenda nasceu entre a bruma do passado
Chamam-lhe o desejado mas que nunca mais voltou
El Rei D. Sebastião
El Rei D. Sebastião
Foi com A Lenda de El-Rei D. Sebastião, canção inovadora para a época, que em 1967, o Quarteto 1111 se deu a conhecer ao mundo.
Esta banda Portuguesa foi formada em 1967 no Estoril. O seu nome foi inspirado no número de telefone do local onde ensaiavam.
O grupo era formado por Miguel Artur da Silveira, José Cid, António Moniz Pereira e Jorge Moniz Pereira.
Em 1968 concorrem ao festival RTP da Canção interpretando Balada para D. Inês, que se classifica em 3.º lugar.
O grupo teve bastantes problemas com a Censura, por causa de canções que tinham uma forte carga política e contestatária.
Depois do abandono de José Cid, em 1975, o Quarteto 1111 continua, chegando a participar de novo no Festival RTP da Canção, em 1977, com o tema O Que Custar. A formação de então já não tinha, no entanto, nenhum membro da original, dissolvendo-se pouco depois. José Cid, Mike Sergeant, Tózé Brito e Michel ainda voltariam a juntar-se em 1987, para gravar o single, Memo / Os Rios Nasceram Nossos, que marca o final da carreira discográfica do grupo.
Fonte: Wikipedia